terça-feira, 17 de novembro de 2009
quase todas as fotos que constavam aí ao lado, exibidas em sides, sob o título 'PoesiaVirtual", foram capturadas de um dos álbum,
classificado como "público" do Picasa,
de autoria do Rodolfo Franco.
Belíssimas imagens que escolhi para ilustrar o blog.
Entretanto, recebi, por e-mail, uma reclamação e advertência do autor, pelo uso indevido das fotos sem a necessária autorização e, principalmente, sem a referência do crédito de autoria.
Fica registrado, portanto, o meu pedido de desculpas ao artista Rodolfo Franco, não sem antes reiterar minha admiração pela plasticidade e originalida e de seu trabalho.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
alice's nicterói 436 anos
universo escolhido
de amor, de amigos...
ninho da cria...
Jardim da semente e da
flor-criatura,
no ventre e na vida
meu porto seguro,
meu marco feliz.
Como dizem os poetas:
'Infinito particular',
'você é linda, sim
onda do mar,
do amor
que bateu em mim'.
O vídeo, recebi via e-mail. Bela homenagem do fotógrafo Ricardo Zerrenner à cidade de Niterói nos seus 436 anos.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
luzesdealice
terça-feira, 8 de setembro de 2009
MPB e alice - um presente de Hemínio Bello de Carvalho
Dica preciosa: o site do Hemínio Bello de Carvalho
O mais variado e rico acervo da MPB – partituras, documentos pessoais, fotografias, correspondências, artigos e crônicas...
E ainda, mais de mil registros, ao vivo, com entrevistas, fragmentos de shows, gravações em estúdio ou informais de ensaios com vários artistas, como:
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
lugaresdealice
É caminho de Ogum e Iansã
Lá tem samba até de manhã
Uma ginga em cada andar
O meu lugar
É cercado de luta e suor
Esperança num mundo melhor
E cerveja pra comemorar
O meu lugar
Tem seus mitos e Seres de Luz
É bem perto de Osvaldo Cruz,
Cascadura, Vaz Lobo e Irajá
O meu lugar
É sorriso é paz e prazer
O seu nome é doce dizer
Madureiraaa, lá lá laiá, Madureiraaa, lá lá laiá
Ahhh que lugar
A saudade me faz relembrar
Os amores que eu tive por lá
É difícil esquecer
Doce lugar
Que é eterno no meu coração
E aos poetas trás inspiração
Pra cantar e escrever
Ai meu lugar
Quem não viu Tia Eulália dançar
Vó Maria o terreiro benzer
E ainda tem jogo à luz do luar
Ai que lugar
Tem mil coisas pra gente dizer
O difícil é saber terminar
Madureiraaa, lá lá laiá, Madureiraaa, lá lá laiá, Madureiraaa
Em cada esquina um pagode num bar
Em Madureiraaa
Império e Portela também são de lá
Em Madureiraaa
E no Mercadão você pode comprar
Por uma pechincha você vai levar
Um dengo, um sonho pra quem quer sonhar
Em Madureiraaa
E quem se habilita até pode chegar
Tem jogo de lona, caipira e bilhar
Buraco, sueca pro tempo passar
Em Madureiraaa
E uma fezinha até posso fazer
No grupo dezena centena e milhar
Pelos 7 lados eu vou te cercar
Em Madureiraaa
E lalalaiala laia la la ia...
Em Madureiraaa
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
tweetsdealice
(esqueci a vírgula!)
Twitter: it’s amazing and the best invention of cyber space!!!

Essa revoada nem desconfia, mas são imprescindíveis como bússola e inspiração.
Me instigam, libertam sentimentos e emoções, para em muitos momentos planar, em outros, navegar e, até mesmo, me atrever a alçar vôos solo. E bater asas, abrir o bico e me expor em ditos e trinados próprios, e me levam a sentir a brisa e fazer parte de seus bandos. São mais, e muito queridos, amigos e companheiros, que talvez não tenham menor idéia de como são necessários ‘pro dia nascer feliz’.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
sonsdealice
Tomara que vocês também achem uma curtição.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
alicenoparaíso
Recebi, por e-mail, o texto que segue da Malka, uma das amigas-cúmplices em confidências e catarses etílicas.
O "paraíso" nem sempre é o que parece.
DESNECESSÁRIA
"A BOA MÃE É AQUELA QUE VAI SE TORNANDO DESNECESSÁRIA COM O PASSAR DO TEMPO."
VARIAS VEZES OUVI DE UM AMIGO PSICANALISTA ESSA FRASE
E ELA SEMPRE ME SOOU ESTRANHA.
ATÉ AGORA.
AGORA QUE MINHA FILHA ADOLESCENTE, AOS QUASE 18 ANOS,
COMEÇA A DAR VÔOS-SOLO.
CHEGOU A HORA DE REPRIMIR DE VEZ O IMPULSO NATURAL MATERNO
DE QUERER COLOCAR A CRIA DEBAIXO DA ASA,
PROTEGIDA DE TODOS OS ERROS, TRISTEZAS E PERIGOS.
UMA BATALHA INTERNA HERCÚLEA, CONFESSO.
QUANDO COMEÇO A ESMORECER NA LUTA PRA CONTROLAR A SUPER-MÃE
QUE TODAS TEMOS DENTRO DE NÓS,
LEMBRO LOGO DA FRASE, HOJE ABSOLUTAMENTE CLARA.
SE EU FIZ O TRABALHO DIREITO,
TENHO QUE ME TORNAR DESNECESSÁRIA.
ANTES QUE ALGUMA MÃE APRESSADA VENHA ME ACUSAR DE DESAMOR,
PRECISO EXPLICAR O QUE SIGNIFICA ISSO:
SER "DESNECESSÁRIA"
É NÃO DEIXAR QUE O AMOR INCONDICIONAL DE MÃE,
QUE SEMPRE EXISTIRÁ, PROVOQUE VÍCIO E DEPENDÊNCIA NOS FILHOS,
COMO UMA DROGA,
A PONTO DE ELES NÃO CONSEGUIREM SER AUTÔNOMOS,
CONFIANTES E INDEPENDENTES.
PRONTOS PARA TRAÇAR SEU RUMO, FAZER SUAS ESCOLHAS,
SUPERAR SUAS FRUSTRAÇÕES E COMETER OS PRÓPRIOS ERROS TAMBÉM.
A CADA FASE DA VIDA, VAMOS CORTANDO
E REFAZENDO O CORDÃO UMBILICAL...
A CADA NOVA FASE, UMA NOVA PERDA E UM NOVO GANHO,
PARA OS DOIS LADOS, MÃE E FILHO.
PORQUE O AMOR É UM PROCESSO DE LIBERTAÇÃO PERMANENTE
E ESSE VÍNCULO NÃO PARA DE SE TRANSFORMAR AO LONGO DA VIDA.
ATÉ O DIA EM QUE OS FILHOS SE TORNAM ADULTOS,
CONSTITUEM A PRÓPRIA FAMÍLIA E RECOMEÇA O CICLO.
O QUE ELES PRECISAM É TER CERTEZA DE QUE ESTAMOS LÁ, FIRMES,
NA CONCORDÂNCIA OU NA DIVERGÊNCIA,
NO SUCESSO OU NO FRACASSO,
COM O PEITO ABERTO PARA O ACONCHEGO, O ABRAÇO APERTADO,
O CONFORTO NAS HORAS DIFÍCEIS.
PAI E MÃE SOLIDÁRIOS CRIAM FILHOS PARA SEREM LIVRES.
ESSE É O MAIOR DESAFIO E A PRINCIPAL MISSÃO.
AO APRENDERMOS A SER "DESNECESSÁRIOS",
NOS TRANSFORMAMOS EM PORTO SEGURO
PARA QUANDO ELES DECIDIREM ATRACAR."
A autora é Marcia Neder, Psicóloga e Psicanalista. Doutora e pós-doutorada em Psicologia, PUC-SP. Márcia Neder Bacha é psicanalista e pesquisadora da UFMS e da USP/NUPPE. Doutora em Psicologia Clínica, autora de Psicanálise e Educação – Laços Refeitos e A arte de formar: o feminino, infantil e o epistemológico, e diretora de redação da revista Claudia
sábado, 29 de agosto de 2009
noitesdealice
O texto, escura escama, pesadelo de eternidade,
máscara densa do universo vomitando.
O texto, mas não a energia que o pensou,
interrogando a simultaneidade absoluta.
Há uma esperança nas ruas, nas pedras, no acaso
de tudo, uma esperança, uma forma suspensa
entre o aparente e a essência, entre o que vemos
e a substância, uma esperança, uma certeza talvez
de que o rio não se dissolva no mar, de que
o ínfimo, o precário, a voz, a sombra,
o estalar das carnes na explosão
não se dispersem no todo, impensável medusa da inexistência.
Há uma luz qualquer sonhando integração, o suposto
destino dos ventos, das energias globais, a suposta
sabedoria com que o homem fecundou a crosta
envenenada do planeta, há uma luz qualquer
ensaiando águas pensadas no eterno esvair-se,
abstrato expansionário, há uns olhos além
da frágil realidade, da terrível matança, da
cruel carnificina entre seres pestilentos aquém
da fronteira do sonho, um texto além do texto,
uma esperança talvez, enquanto somos e nos cumprimos,
enquanto somos e nos oxidamos, enquanto
somos e prosseguimos.
(Afonso Henriques Neto)
Afonso Henriques de Guimaraes Neto nasceu em Belo Horizonte em 1944. Aos 10 anos, foi para o Rio de Janeiro e depois para Brasília, onde concluiu os estudos fundametais e, posteriormente, a faculdade de Direito. Pertenceu a chamada 'geração marginal'. Afonso é filho do poeta Alphonsus de Guimaraes Filho e neto do grande poeta simbolista Alphonsus de Guimaraes. Desde sua estréia em 1972, publicou cerca de 10 excelentes livros de poesia. Leia mais sobre Afonso Henriques Neto.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/08/28/texto-afonso-henriques-neto-217716.asp
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
estrelasdealice
Ai, ai caramba, ai, ai caramba
Ai, ai caramba, ai, ai caramba
E como já dizia Galileu na Galiléia
Malandro que é malandro não bobeia
Se malandro soubesse como é bom ser honesto
Seria honesto só por malandragem, caramba
Ai, ai caramba, ai, ai caramba
Ai, ai caramba, ai, ai caramba
Diziam também que a terra era quadrada
Mas ficou provada que a terra é redonda, caramba
Ai, ai caramba, ai, ai caramba
Ai, ai caramba, ai, ai caramba
Quem ama quer casa, quem quer casa quer criança
Quem quer criança quer jardim
Quem quer jardim quer flor
E como já dizia Galileu, isso é que é amor
Ai, ai caramba, ai ai caramba
Ai, ai caramba, ai, ai caramba
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
domingodealice
Acordei às 8, depois de uma noite gostosa de sono e sonhos (que eu nem lembro, mas que dizem sempre tem).
Solzinho maroto brincando com o vento, balança as cortinas e me chama pra vida.
Café quentinho com gengibre e anis estrelado, música no ar com Paul Collier na paz da manhã.
Rumo à Vitória (quer nome melhor de padaria?), bom dia pra lá, bom dia pra cá,
Parece que todo mundo também acordou feliz nesse domingo.
Êta pãozinho gostoso... quentinho... Suco de laranja... Jornal de domingo...
Já li tudo e, mais uma vez, a Martha Medeiros revela (pro mundo!) coisas que eu vinha remoendo..., sem falar pra ninguém!
Desacorrentadas, “Poético e libertador é pensar que nunca estarei sem ninguém, porque chega uma hora em que a gente decide que é alguém e basta”.
É isso mesmo, Martha. É muuuiito bom sentir e exercer essa liberdade de escolhas, sem precisar dar satisfação, sem culpa, sem hora marcada, quando, onde, quem, como...
Ligar, desligar, aumentar o som, ver o mesmo filme quantas vezes quiser, ouvir e repetir a mesma música, quantas vezes tiver vontade... e cantar junto - Elis, Djavan, Zeca, Martnália, Tim Maia, Maria Rita, Vanessa da Mata, Ana Carolina, Cássia Eller, Dani Carlos (Coisas que Eu Sei) e o que mais me faz feliz.
E acender incenso? E três ao mesmo tempo?
E pão com guaraná? Delícia!!!
Eu e a minha pessoa de mim mesmo A-DO-RA-MOS!
Também, assistir TV e mudar de canal no meio do programa?
E ver dois filmes ao mesmo tempo?
E ficar zapeando até achar, ou não, alguma coisa mais interessante pra assistir?
E cafezinho com gengibre e anis estrelado?
NÃO-TEM-PREÇO!
DE-SA-COR-REN-TA-DA e ponto!
E Feliz!
(?) Nem sempre...
sábado, 22 de agosto de 2009
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
alicehoje
Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maneira que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça...
Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com uniforme de sua geração.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não se repitam

Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas.
Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô.
Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hamburgueres e refrigerantes, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos.
Sim havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
(Affonso Romano de Sant'Anna)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
coisasdealice
"Enviado por Pedro Lago, do Corujão da Poesia - 18.8.2009 23h34m
poema da noite
soprando bolhas de sabão em pesadelos
junto lágrimas à ventania.
a chuva cai ao contrário.
o sol se põe,
o arco-íris ilumina a noite magnética
irreversíveis estações se calam.
o inverno foi para outras bandas,
a primavera vem ainda tímida.
é hora de se preparar para o verão
no ano em que não tem mais outono.
Juliana Hollanda é carioca de 30 anos. Poeta, jornalista e canceriana (como gosta de enfatizar). Faz parte do grupo carioca Ratos di Versos, que se apresenta em vários lugares no circuito underground de poesia no Rio de Janeiro. Publicou em 2008, Acordei num Iceberg, livro selecionado para a final do prêmio Portugal Telecom de 2009. Juliana também faz parte do trio Madame Kaos, junto com as poetas Beatriz Provasi e Marcela Gianini. Juliana é uma mais talentosas poetas da nova geração. "
Leia mais sobre Juliana Hollanda.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
as floresdealice

A inclinação do sol vai marcando outras
sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade.
Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
recadosdealices
“NÃO IMPORTA…
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários.
Mas não me importei com isso.
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso.
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.”
Bertold Brecht
Fonte: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=15125
alicemagia
Casimiro de Abreu
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
...
(Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/casi.html)
segunda-feira, 27 de julho de 2009
alices (entre sons,cores e serotonina)
Mulheres Possíveis

desenvolveu uma potencialidade rara do ser humano: a sinestesia. Ou seja, a partir de sinapses (nos neurônios), os sentidos se interligam, e a pessoa é capaz de ver e sentir cores e sabores diferentes para cada tipo de música, som ou ruído que ouve.

Mas, p’ra mim, a sensação é de que seria tudo uma alucinação só. Já pensou? Enloquecedor!
Agora, cá p’ra nós, tem gente que precisa – uma dose só, pequenininha, por dia – dessa tal sinestesia.
Especialmente aquelas que passam a vida reclamando de absolutamente tudo, têm e exercem a vocação de “injustiçadas, perseguidas”. Que sofrem (!!!), coitadas...
Todo mundo é culpado. Tá todo mundo errado (!) - vizinho, pai, mãe, filho, amigo, irmão e quem mais aparecer pela frente.
P’ra essa gente o mundo não tem cor. Nem preto, nem branco, nem cinza.
E aí, vamos combinar, deve ser mesmo muito difícil, e amargo (sem chocolate)...
A vida é triste (muuiito triste!) ...a pessoa perde a autocrítica e o discernimento.
E nem de longe admite que está doente (intriga da oposição).
Ah! O que uma boa dose de serotonina e sinestesia poderia fazer por essas pessoas!!!
Mas, mesmo sem a tal sinestesia, tem gente que segue a vida bem, e com saúde (graças aos deuses!!!).
Uma das excelentes crônicas da Martha Medeiros fala de outras
Ainda bem (!!!),vida real, simples assim:

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros.
...
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
... Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
alice no país das maravilhas

Está prevista, para abril de 2010, a estréia no Brasil do longa Alice no País das Maravilhas,
Produzido pela Disney , o longa traz no elenco Mia Wasikowska (como Alice), Anne Hathaway, Johnny Depp (como o Chapeleiro Maluco), Helena Bonham Carter (como a Rainha de Copas), Alan Rickman, Matt Lucas, Michael Sheen, Crispin Glover, Christopher Lee e Eleanor Tomlinson.
Considerado um clássico da literatura inglesa, a obra mais conhecida de Lewis Carrol (1865), Alice no País das Maravilhas é do gênero nonsense.
De repente, no jardim, aparece um Coelho Branco, com olhos cor-de-rosa, muito apressado, que muda tudo na vida de Alice.
E Alice mergulha, literalmente, no País das Maravilhas.

Um mundo novo, recheado de coisas, lugares, personagens e
Lá, num emaranhado de situações inusitadas, Alice, por exemplo,
Desde a sua criação, Alice no País das Maravilhas é um conto surreal,
Para alguns, uma elegia ao sonho ou uma crítica à sociedade; também identificado com as questões da psicologia adolescente, e até mesmo com uma viagem lisérgica..
Sob outro enfoque , faz alusões e referências a questões de lógica e à matemática
Só espero que o estilo excêntrico do diretor e a tecnologia não destruam o mito e a viagem imaginária da melhor, e inesquecível, história de aventuras da minha infância.
Afinal, Tim Burton é, também, o famoso e talentoso diretor de
bemalice
Nas idas e vindas, perto ou longe, o que mais me atrai e distrai são os caminhos.
Cartazes / lojinhas / butecos / conversa alheia / nomes e fachadas / gente parada, comendo, falando / estilo de roupa... e vai por aí.
Na internet não é diferente. A curiosidade é a mesma.
E, por esses atalhos, achei um site bem legal:
sábado, 18 de julho de 2009
Desilusão em banda larga, de David Lima
e ninguém inventou computador que saiba amar.
Download de apreço, download de amor...
O mundo todo se adicionou,
criou comunidade,
e ninguém inventou download da verdade.
Inventaram spam, pornografia,
cruel sabedoria, disconexão total!
De que me vale a banda larga se eu largo a banda no final?
De que me vale seu orkut se a gente nem se curte?
De que adianta ICQ se a gente nem se vê?
Pra quê webcam se a gente nem “pã” ?
MSN é uma ova, eu quero é prova real.
Seu papo virtual só me chateia, o chat me entedia,
você me tratou tão bem no outro dia e agora age feito conexão discada...
Sabe qual é da parada?
Cansei e vou te bloquear!
Não aguento mais esta insana distância,
não quero mais teclar!
Desconecta de mim,
vê se me larga!
A banda larga,
a fila anda,
o tempo acaba.
(David Lima - Agosto de 2005)
No link (YouTube) do título, o autor, David Lima, aluno da Escola Lucinda de Poesia Viva, dizendo sua poesia "Desilusão em Banda-Larga", que ficou entre as vencedoras do VII FestCampos de Poesia, 2005 e foi publicada numa coletânea do festival em 2007.
alice hoje - alice sempre
Sons e territórios por onde eu passei, pequenininha.
Viagem no tempo dos hojes na dimensão do sempre.
“Os mapas da alma não tem fronteiras” segundo Eduardo Galeano ao ser condecorado com a Ordem de Maio, da República Argentina.
Essa a magia da música.
‘Pro dia nascer feliz’, ‘Coisas que eu sei’ do meu ‘Infinito Particular’ e do ‘Universo ao meu redor’
Simples assim, com Louis Armstrong.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
alicesemsono
dissodeser
dissonante
insensatosonoro
semsono
d d d i s
i i i n e
s s s s m
s s s e s
e o o n o
o d n s n
q e a a o
u s n t
e e t o
d r e s
i o
s n
s o
e r
o
terça-feira, 14 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena (Fernando Pessoa)
Um certo arrependimento. Tô passada.
Às vezes a gente troca os pés pelas mãos, erra a receita e o bolo sola, o pudim vira calda, a torta desanda, o CD arranha e a festa não rola.
De surpresa em surpresa, desculpem, mas (ainda) estou perplexa.
Do texto excelente, como sempre, da Martha Medeiros, publicado na Revista O Globo - edição de domingo, 12 de julho -, fiz alguns recortes e tomo a liberdade de comentar, às vezes até discordar de algumas afirmações. Aí vai.
Escandalosa sinceridade
É do admirável dramaturgo e escritor Domingos Oliveira a frase que me inspirou esta crônica. Diz ele: “A única coisa que ainda escandaliza hoje em dia é a sinceridade”. (MM)
O que ainda me deixa escandalizada mesmo é a mentira, gratuita e inconsequente, principalmente, quando vem de um(a) amigo(a).
A sinceridade destroi castelos de areia. É a realidade sem anestesia. Ela não estimula reticências, não teatraliza as relações humanas, não debocha da credulidade alheia, não falsifica impressões. A sinceridade é de vanguarda. É tão soberana que emudece a todos. É tão inesperada que impede retaliações. A sinceridade é o ponto final de qualquer discussão.
Quer deixar alguém perplexo? Fale a verdade. (MM)
Fico mais à vontade com a simplicidade da verdade.
Não sei lidar com gente que escamoteia, que não olha direto no olho.
Gente que não diz tudo, que tenta manipular situações e que, pra se afirmar, precisa de mentiras ou verdades incompletas.
Como diz o ditado ‘mentira tem pernas curtas’.
Mentira tem legenda, basta ser bom observador.
Quer me deixar perplexa? Seja mentiroso.
Mentira aparece... no olhar, no ombro curvado, no abraço mal dado.
As pessoas sábias são admiradas quando contam o que sabem, mas impressionam mesmo é quando serenamente confessam: não sei. O “não sei” é comovente. Os melhores filmes, as melhores peças, os melhores livros tratam sobre a nossa ignorância, não sobre a nossa genialidade.
Eu errei. Eu traí. Eu fiz asneira. Eu me iludi. Eu sou assim. Extra, extra! À solta alguém que se assume, que perdoa seus próprios tropeços, que não recorre ao Photoshop na hora de expor o caráter. (MM)
Não precisa ser sábio!... Basta gostar de si mesmo e, mais, gostar, considerar, respeitar, valorizar o(a) amigo(a), ou qualquer outro semelhante.
Escândalo é alguém te olhar nos olhos e admitir com tranquilidade: nunca li Guimarães Rosa, nunca soube entender. Eu já disse “te amo” sem ter certeza. Não tenho confiança nas minhas decisões. Não uso filtro solar. Dirijo depois de beber alguns cálices de vinho. Eu fiz um aborto. Estou sofrendo por amor. Fui deixada. Já pensei em suicídio. Já pensei em morar no meio do mato. Me arrependo de ter filhos. Me arrependo de não ter tido filhos. Casei por dinheiro. Casei por medo da solidão. Não casei porque não me quiseram. Não perdoo meu pai. Fui injusta com minha mãe. Perdi oportunidades. Vacilei com um amigo. Estou sem paciência com os outros. Quero começar a viver enquanto há tempo. Não tenho talento. Tive sorte. Nunca passei a perna em ninguém. Nunca menti para me safar. Menti demais para não magoar. Nunca fui agradável. Nunca inventei um personagem. Inventei vários personagens. Não sei direito quem sou. Não sei.
Extra, extra! (MM)
Pra mim, não é escândalo.
É equilíbrio entre caráter e personalidade.
Um tem a ver com maturidade moral de cada um, com os comportamentos e as escolhas que fazemos. A gente vai construindo pela vida afora, selecionando e incorporando influências que valham a pena. É alicerce de moral e ética.
O outro é essência, vem do berço e da aprendizagem.
Isso é só um desabafo. Afinal, não sou nem quero ser a palmatória do mundo.
Não sou mais ou melhor do que ninguém.
Mas, tenho certeza, a verdade me faz sentir mais confortável.
Um pouco de poesia, com uma pitadinha de psicanálise, ajudam a gente a viver melhor e a ser mais feliz.
... Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas. E você não está neste mundo para viver as minhas. Você é você, e eu sou eu, e se, por acaso, nós nos encontrarmos, será lindo. Se não, nada se pode fazer.
(Frederich Perls)
terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
alice hoje (das coisas que a gente sabe... e sente)

domingo, 5 de julho de 2009
alice hoje
Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa.
(Platão)
Podemos enganar alguns por todo tempo, todos por algum tempo, mas não podemos enganar todos por todo tempo.
É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é tolo, do que falar e acabar com a dúvida.
(Abrahan Lincoln)
Um homem com um relógio sabe que horas são. Um homem com dois relógios não tem tanta certeza.
(Anônimo)
Foto divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo jornal inglês ‘Daily Telegraph’ mostra um sapo engolindo uma cobra venenosa. A cena foi registrada pelo turista Ran Longzhong em um parque em Sichuan, na China. Longzhong contou que o sapo levou cerca de cinco minutos para devorar o réptil enquanto ele lutava para escapar. (Foto: Reprodução/Telegraph)
(publicado no site globo.com em 1/7/2009)
sábado, 4 de julho de 2009
Alta Noite
sexta-feira, 3 de julho de 2009
O Tempo Não Pára
O Ministério da Saúde divulgou, no mês de junho, dados e conclusões da maior pesquisa já realizada (PCAP 2008 ) sobre comportamento sexual do brasileiro, na faixa etária de 15 a 64 anos.
Os resultados indicam que o conhecimento sobre os riscos de se infectar com o HIV e sobre as formas de prevenção continuam altos (na comparação com os resultados da mesma pesquisa realizada em 2004).
Um alerta para o risco da banalização da Aids devido à melhoria do tratamento e ao aumento da sobrevida dos pacientes com a doença.
Não tem fantasia, imaginação, tesão,
Na França, foi proibida, em canais de TV, a exibição de um vídeo da campanha produzida pela ong SIDACTION, que atua, desde 1994, no combate a um dos maiores flagelos que atinge a humanidade desde o século passado: o HIV/SIDA.
A produção é da agência francesa Leo Burnett.
Assexuado (???) Nem a vovozinha!!!
Gente “moderna!!!” e “assumida!!!”.
Na verdade, um bando de E-QUI-VO-CA-DOS.
Sexo é bom simmm!!! Muito bom! E faz falta. A dois é melhor ainda!
Natural é sentir tesão, gente!
E não é só isso não! Tem que ter discurso, narrativa e enredo (já dizia Foucault).
Sexo é liberdade, faz bem à saúde, deixa pele e cabelos iluminados.
Sexo é vida!!!
Tem que se permitir!
'Pódiscrê': ...sexo é cinema, ...é imaginação... fantasia.
Pau feliz
O pau do meu amor
brilha na penumbra manhã prismada
com a luz que o papel pardo que colei na janela faz.
A iluminação amarela
dá romance à ereção das manhãs.
(Meu Deus, amar é isto?
Este desejo contínuo pelo mesmo objeto?
esta estréia?)
O pau do meu amor turge em uníssono com o bem-te-vi.
Na aurora ele me catuca,
dormindo me cutuca,
me futuca ardente e calmo,
posto que seu dono ainda está dormindo.
(Meu Deus,será amor isto?
Este desejo, este torpor,
esta missa por esta mesma espora,
por este galo, por este sino?)
O pau do meu amor amanhece lindo,
dizendo que isto é Deus,
isto é amor,
o retrato de uma fé,
vou concluindo:
é...
o pau do meu amor
amanhece rindo!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
O Semeador de Estrelas
Durante o dia pode até passar despercebida, como mostra a foto.
Um bronze a mais, herança da época soviética:

Com a escuridão seu nome passa a fazer sentido.
Vejam então a foto tirada à noite.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
alice hoje
sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher.
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
terça-feira, 30 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Thriller: A festa do 'menino morto'
Impacto causado com a morte do astro contemporâneo mais popular da música pop revela a vulnerabilidade da indústria e tecnologias da informação.
Já a partir do início da tarde de quinta-feira, as notícias eram desencontradas e sem confirmação.
No Brasil, a página globo.com estampou ‘num furo de reportagem’, por alguns minutos, a nota/manchete sobre a morte de Michael Jackson, ainda não confirmada oficialmente, causando ‘em primeira mão’ uma comoção geral.
A informação logo logo foi substituída pela notícia da internação do artista em estado gravíssimo de saúde.
Hoje, a manchete do mesmo site informa:
Notícia da morte de Michael Jackson derruba Google e Twitter.
Sites sofreram sobrecarga de usuários horas depois da morte do cantor.
Golpistas aproveitaram notícia para criar novos golpes por e-mail.
Segundo um dos porta-vozes do Google em entrevista à BBC “a empresa achou que estava sendo vítima de um ataque”, e bloqueou, no Google News, a pesquisa do nome Michael Jackson.
Assim como o Google, o Twitter ficou lento, a maioria das vezes inacessível. O pico de acessos foi o mais alto, desde a criação do serviço, ultrapassando o registrado durante a eleição de Barack Obama (EUA). em 2008.
Ou seja, tivemos um ‘tsunami virtual’ devastador.
Não poderia ser diferente . Uma vida, uma carreira e uma despedida com a intensidade dos grandes fenômenos produzidos pelo universo.
Um dos fenômenos do século XX que ecoa e se perpetua nas dimensões do mundo real, desafia e balança estruturas e dinâmicas inovadoras das tecnologias do século XXI.
Uma estrondosa, e tão desejada resposta de público, repercussão, na proporção do sucesso de Thriller, buscada e esperada por Michael Jackson na turnê mundial dos cinqüenta shows programados para começar em julho próximo.
O momento era de ensaios e últimos preparativos. A festa do ‘menino morto’.
Ainda em especulação as causas da morte, mas fica a certeza de que foi o derradeiro e, talvez, um dos seus raros momentos de felicidade:
Thriller
It's close to midnight
something evil's lurkin' in the dark
Under the moonlight
You see a sight that almost stops your heart
You try to scream
But terror takes the sound before you make it
You start to freeze
As horror looks you right between the eyes
You're paralyzed
**************************************************************
(Terror
É quase meia-noite
E algo malígno está te espreitando no escuro
Sob a luz da lua
Vc tem uma visão que quase pára o seu coração
Vc tenta gritar
Mas o terror toma o som antes de vc fazê-lo
Vc começa a congelar
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Cuidados necessários com alices
2 - "5 minutos": Se ela está se arrumando significa meia hora. "5minutos" só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu paraver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.
3 - "Nada": Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGOestá acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começamem "Nada" normalmente terminam em "Certo".
4 - "Você que sabe": É um desafio, não uma permissão. Ela está tedesafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer... e não diga que também não sabe.
5 - Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma declaraçãonão-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro altosignifica que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginandoporque ela está perdendo tempo parada ali discutindo com você sobre "Nada".
6 - "Tudo bem": Uma das mais perigosas expressões ditas por umamulher. "Tudo bem" significa que ela quer pensar muito bem antes dedecidir como e quando você vai pagar por sua mancada.
7 - "Obrigada": Uma mulher está agradecendo, não questione, nemdesmaie. Apenas diga "por nada". (Uma colocação pessoal: é verdade, amenos que ela diga "MUITO obrigada" - isso é PURO SARCASMO e ela nãoestá agradecendo por coisa nenhuma. Nesse caso, NÂO diga "por nada".Isso apenas provocará o "Esquece").
8 - "Esquece": É uma mulher dizendo
"FODA-SE".
9 - "Deixa pra lá, EU resolvo": Outra expressão perigosa,significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazeralgo, mas agora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homemperguntando "o que aconteceu?".
Para a resposta da mulher, consulte o item 3.
10 - "Precisamos conversar!": Fudeu!, você está a 30 segundos de levarum pé na bunda.
11 - "Sabe, eu estive pensando...": Esta expressão até pareceinofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse...
alice hoje
não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se
permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos
(Pablo Neruda)
Frio sentido no corpo abandonado
Amor atirado à morte - falta de sorte!
Dói-me ver ossos e peles amontoados
Vivendo a única esperança permitida:
Cana brava para pobres indigentes
Desumano e fatal entorpecente
Frio cortando coração de homens
Desabrigados inconscientes...
Marquises e calçadas habitadas
Negros, crianças, verdades tragadas
Pela droga maior dos homens sós
Sociais e simples pensamentos!
Dói-me ver nariz de ranho exibido em sinaleiras
Homens pequenos devolvendo vômitos
Impostos por estômagos faceiros
Da comida que já devoramos...
Quinta feira de inverno em Porto Alegre
Triste, inofensiva, calada, passiva e bela
Vista aqui do quarto - quente, pela janela...
Dói ver-me assim – apenas - fazendo parte dela
(Preta – em 03/05/99)